O velho Cinema Ideal ficava na Rua da Carioca números 60 e 62, conforme consta dos anuários, quando funcionava como cinema. O Ideal era vizinho do Cinema Soberano, atual Íris, bem próximo à Praça Tiradentes.
foto anos 20
O curioso é que essa notícia se repete no tempo. Em O Globo de 10/06/2004, na coluna Gente Boa, Joaquim Ferreira dos Santos, informou que
Em O Globo de 13/10/2008, novamente na coluna Gente Boa, mais uma notícia sobre o teatro
O Cinematographo Ideal, segundo Fernando Pamplona – cenógrafo e professor de Belas Artes - era
"...o cinema mais antigo da Rua da Carioca. Sua inauguração ocorreu por volta de 1908.
Características do pequeno edifício de dois andares que abrigava o Ideal.
Fachada:
o andar superior, separado do térreo por uma sacada, faz parte das características originais do prédio. Assim como a parede decorada em relevo, quatro janelas em arco, dispostas duas a duas.
Interiores:
" o Ideal tem condições para ser um Teatrinho capaz de atrair o público mais elegante. Ele é bem o que os franceses chamam de bombonnière. A sua sala de espetáculos é verdadeiramente encantadora. Tudo no Ideal é gracioso. O espectador lá fica confortavelmente instalado e tem os olhos bem impressionados pelo ambiente”, assim comentava o Correio da Manhã, em sua edição de 29 de abril de 1926. A rivalidade entre o Ideal e o Íris era extremamente conhecida. Assim, à iniciativa do Ideal ao introduzir inovação em matéria de arejamento: teto móvel que se abria nas noites de verão, correspondeu o sistema de abrir o salão afastando as paredes, do Íris. Esse teto foi obra do engenheiro Eiffel, o mesmo que projetou a torre de Paris. Duas escadas laterais e uma nos fundos, em ferro batido, conduziam ao balcão, onde azulejos portugueses, em relevo, decoravam suas paredes.
Vinculação:
O cinema, uma propriedade particular da Empresa C. Pereira Pinto e Cia., passando, posteriormente, ao empresário Manoel Pinto, que o transformou mais tarde em teatro."
O Cinematographo Ideal foi inaugurado por volta de 1908 com um grandioso programa com filmes variados.
Em 12 de maio de 1926 foi reinaugurado como cine-teatro pelo seu novo proprietário Manoel Pinto, no dia de seu aniversário. A peça escolhida foi “Cala a boca, Etelvina”, de Armando Gonzaga. O elenco, encabeçado por Alda Garrido, contava com a participação de Olga Louro, Georgina Guimarães, Rosita Rocha, Manoel Durães, Augusto Annibal, Américo Garrido, Gervásio Guimarães e Pedro Celestino. O ensaiador foi o Sr. Augusto Santos. A música de Freire Junior teve versos de Ruben Gill.
A cúpula do Ideal foi assinada por Gustave Eiffel e se transformou em grande novidade da cidade à época: por um dispositivo mecânico, se abria durante as sessões para renovar o ar e refrescar o ambiente. Era a única casa na América do Sul a projetar ao ar livre.
Um dos grandes frequentadores do Cinema Ideal foi Ruy Barbosa. Após a sua morte, uma cadeira foi interditada por corrente e identificada com uma placa comemorativa.
Em 1926, o Cinema Ideal passou a integrar a rede de cinemas de Luiz Severiano Ribeiro. Mais tarde, em 1994, os dois sobrados que originalmente comportavam a sala de projeção, sofreram um grande incêndio. Posteriormente, no ano de 1996, a construção foi vendida aos comerciantes Maurício Francisco Tauil e João Alves Ferreira.
Bom dia! Gostei de seu blog. Você poderia dizer onde encontrou essa foto da cúpula do cinema Ideal. Muito obrigado.
ResponderExcluirBom dia! Gostei de seu blog. Você poderia dizer onde encontrou essa foto da cúpula do cinema Ideal. Muito obrigado.
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