Aconteceu em 1966, há 50 anos, na praia do Castelinho, em Ipanema.
A praia do Castelinho, na zona sul do Rio, era famosa não só por sua
beleza, como pelo aspecto belo de seus frequentadores. Gente queimada de sol, que de dia ficava nas areias da praia e, de noite, no Castelinho - o bar propriamente dito - batendo papo e bebendo o chopp geladíssimo lá servido.
Nesse cenário aconteceu um encontro. No Castelinho ainda deserto, à 8 da manhã, dois de seus “habitués”:
o cantor Altemar Dutra e o compositor da então corte do Rei do Castelinho, Euclides de Souza Lima.
Não teriam ido
para casa? Não devia ser isso, porque, dizem, tinham o aspecto repousado dos que dormem
bem, sem farras.
A história é que estavam ali tranquilos, à
espera de fotógrafos. Para serem fotografados juntos para a
capa de um disco, pois Altemar ia interpretar uma canção de Souza Lima: o hino oficial do Castelinho.
A gravação nunca saiu. A foto para a capa do disco dos dois nunca apareceu.
Fica pra testemunhar a história, a letra, que diz
Fica pra testemunhar a história, a letra, que diz
Castelinho
Castelinho do Arpoador
Onde as ondas em festa
Inspiram um poeta
A fazer versos de amor
Suas barracas coloridas
Constrastando com a areia
Seu mar cheio de vida
Beijando suas sereias
Seu sol tem mais calor
Mas queima com carinho
Enfim tudo é amor
Em Você, meu Castelinho...
Uma curiosidade:
Foi durante a cerimônia de batismo de Rodrigo Otávio, filho de Euclides de Souza Lima, realizada na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, em pleno sábado de carnaval, que morreu Pixinguinha, que seria padrinho do menino.
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