quinta-feira, 14 de maio de 2009

UM MONUMENTO A TOM JOBIM

A TOCA DO VINICIUS, a excelente livraria de música de Ipanema, capitaneada pelo grande empreendedor carioca Carlos Alberto Afonso, lançou em seu blog uma idéia que dizemos, SIM!

Abaixo o texto da proposta. Vale a pena ler e repassar!

UM MONUMENTO A TOM JOBIM

No começo de 1995, a TOCA liderou uma árdua batalha.
Logo após a morte de TOM JOBIM (dezembro de 1994), a Prefeitura do Rio tentou homenageá-lo, dando seu nome à Av.Vieira Souto, na orla de Ipanema.
Houve resistência de moradores. E apesar de não termos economizado esforços, av.Tom Jobim não vingou. Em nova tentativa da Prefeitura, o nome do Maestro foi para a rua Visconde de Pirajá, ainda em Ipanema.
Outra dura batalha, outra resistência, outra frustração.

Alguns jobinistas apaixonados pensaram em tentar conseguir abrigo para o nome de TOM na placa da rua VINICIUS de MORAES, que, logo após a morte do poeta tomara o lugar da velha MONTENEGRO, a mais charmosa rua de Ipanema. Não foram necessárias muitas reflexões para concluir-se que, além das dificuldades naturais para se criar a rua VINICIUS e TOM, homenagear uma parceria - mesmo maiúscula - com nome de uma rua seria um pouco de exagero, além de excludente, pois a carreira de nenhum dos homenageados prescindiria das valiosas contribuições das outras parcerias.

Deixamos a idéia de lado por estes decisivos argumentos. O nome de TOM JOBIM foi para o aeroporto internacional da Cidade do Rio de Janeiro, o velho aeroporto do Galeão.

UMA FÓRMULA

TIPO - Estátua de TOM, referenciando o homem como reduto
de humanidade.
TRAÇO - Hiper realista, retratando a conhecida beleza física de TOM
EXPRESSÃO - Atitude de completa abstração do artista poético-musical, envolvido pela plasticidade e musicalidade da exuberante natureza, de céu, mar, aves migratórias, sol, chuva...
COMPANHIA ? - TOM deve estar inteiramente só. E, estando só, contemplando, igualmente, suas porções Nilton Mendonça, Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Aloísio de Oliveira e outras parcerias, composicionais, ou não, que, no seu conjunto, tenham contribuído na construção de sua Obra.
LUGAR - Calçadão da Praia de Ipanema sob cujas areias pediu que enterrassem seu coração. Em frente a MONTENEGRO, hoje Vinicius de Moraes (olha o encontro aí, de maneira natural, não setorizadora e não excludente das outras notáveis parcerias de ambos) rua que serviu de pista de decolagem para a mais consagradora de todas as suas muitas viagens. Consagradora e fundamental.
ACESSÓRIOS - Chapéu panamá na cabeça ou, em gesto de aceno, em uma das mãos. Nada contra um charuto na outra mão discretamente largada, pois, pode parecer cínico, mas... TOM fumava charutos e gostava de brincar imitando seu ídolo HEITOR VILLA-LOBOS. Nada contra uma plaquinha advertindo para os prejuízos do fumo. O charuto não estaria inconvenientemente próximo de um aeroporto ou santuário botânico. O charuto poderia estar, inclusive, apagado. E, mesmo se aceso, ali, na praia, a fumaça mais rapidamente do que qualquer aspiração, se diluiria e se perderia no ar.

O RIO QUE MORA NO MAR assina embaixo!

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