quarta-feira, 13 de maio de 2009

À Princesa

Para os que não sabem, a história do RIO QUE MORA NO MAR começou com e-mails temáticos distribuídos a amigos, para trocarmos saudades cariocas. Aí esse grupo de amigos foi aumentando e surgiu o blog.
Em um desses e-mails, sobre histórias cariocas, uma delas era a que resolvi reproduzir abaixo, na data de hoje, lembrando a grande princesa que essa terra teve, a Princesa Isabel, a quem a memória carioca ainda não deu o valor e lugar devidos.


Muito já se falou das camélias abolicionistas do Leblon, mas é sempre bom lembrá-las.Cultivadas pelo português José de Seixas Magalhães, homem de idéias avançadas, fabricante de malas e sacos de viagem, essas belas flores, com o auxílio de escravos fugidos e com a cumplicidade dos principais abolicionistas da capital do Império, eram uma espécie de código de identificação entre os abolicionistas, principalmente quando empenhados em ações mais perigosas, ou
ilegais, como auxiliando fugas ou conseguindo esconderijo para os fugitivos.

Vale ressaltar a história de proteção do Imperador Pedro II e de sua filha, a Princesa Isabel, ao quilombo do Leblon. Ele nunca chegou a ser seriamente investigado e a Princesa ousou, muitas vezes, aparecer em público com camélias - que recebia do quilombo - a adornar-lhe a roupa, fato sempre notado pelos jornais.E quando da assinatura da Lei Áurea, ela recebeu, como sempre, o subversivo ramalhete de camélias enviado por Seixas.

Alguns pés de camélias, remanescentes desse tempo simbólico, ainda hoje podem ser encontrados nos jardins da Casa de Rui Barbosa, em Botafogo, atuante membro do movimento abolicionista.

Estes pés de camélia, em algumas épocas do ano, floridos, são documentos vivos da história do Brasil.

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