Em tempos de ressaca, vale o bis do primeiro RIO QUE MORA NO MAR, em sua fase pré-blog, quando foi enviado via e-mail a um grupo de amigos, em 28 de fevereiro de 2008.
Aliás, esse e-mail RIO QUE MORA NO MAR é plagiadíssimo em vários blogs internet a fora e, infelizmente, sem os devidos créditos.
Aliás, esse e-mail RIO QUE MORA NO MAR é plagiadíssimo em vários blogs internet a fora e, infelizmente, sem os devidos créditos.
Abaixo, pra você que eu ainda não conhecia, e não enviei,
o legítimo !
o legítimo !
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" Uma onda nasceu,
calma desceu sorrindo,
Lá vem vindo"( versos da canção Nós e o Mar, de Menescal e Bôscoli )
"A última e formidável ressaca que devastou e destruiu grande parte da Avenida Beira-Mar merece considerações especiais que não posso deixar de fazer. (...) os grosseiros homens do nosso tempo, homens educados nos cafundós escusos da city londrina ou nos gabinetes dos banqueiros de Wall Street não lhe quiseram ver a grandeza (do mar) e trataram de explorá-lo. De há muito que ele havia marcado os seus limites com a terra; de há muito ele dissera a esta: o teu domínio pára aí e daí não passarás. (...) Tais homens, porém, a pretexto de melhoramentos e embelezamentos (...) trataram de estrangulá-lo, de aterrá-lo com lama. O mar nada disse e deixou-os, por alguns meses, enchê-lo de lama. Um belo dia, ele não se conteve. Encheu-se de fúria e, em ondas formidáveis, atira para a terra a lama com que o haviam injuriado."
LIMA BARRETO - crônica de 1921, na revista Careta
calma desceu sorrindo,
Lá vem vindo"( versos da canção Nós e o Mar, de Menescal e Bôscoli )
"A última e formidável ressaca que devastou e destruiu grande parte da Avenida Beira-Mar merece considerações especiais que não posso deixar de fazer. (...) os grosseiros homens do nosso tempo, homens educados nos cafundós escusos da city londrina ou nos gabinetes dos banqueiros de Wall Street não lhe quiseram ver a grandeza (do mar) e trataram de explorá-lo. De há muito que ele havia marcado os seus limites com a terra; de há muito ele dissera a esta: o teu domínio pára aí e daí não passarás. (...) Tais homens, porém, a pretexto de melhoramentos e embelezamentos (...) trataram de estrangulá-lo, de aterrá-lo com lama. O mar nada disse e deixou-os, por alguns meses, enchê-lo de lama. Um belo dia, ele não se conteve. Encheu-se de fúria e, em ondas formidáveis, atira para a terra a lama com que o haviam injuriado."
LIMA BARRETO - crônica de 1921, na revista Careta

Ressaca na avenida Beira-Mar, 1919



em 8 de março de 1913, que isolou o Palácio do Catete

com a destruição da calçada


Hoje a cidade foi aterrada em vários locais
e mudou seus contornos.
Mas isso não acabou com as ressacas,
que sempre fazem um belo e, ao mesmo tempo,
assustador espetáculo, ao longo da orla.
Mar de rosas,
mar de prazeres,
mar de dores.
É sempre bom respeitar a mãe natureza!
Fotos: Carlos Bippus, Augusto Malta e Agencia Globo
Lima Barreto soube como ninguém retratar a cidade em que vivia. Além do fantástico texto, as fotos não ficam para trás.
ResponderExcluirUm abraço!