Mas celebramos, aqui e agora!
Nasceu em Campos, mas a partir dos 7 anos veio viver no Rio. Boêmio, foi frequentador dos bares da Lapa e da praça Tiradentes. Começou lá pelos 16 anos com o primeiro samba, Na estrada da vida, lançado por Aracy Cortes, no Teatro Recreio e gravado em 1933. Mas sua primeira parceria foi com Sinhô , no samba de breque Mil e Uma Trapalhadas, cuja gravação aconteceu apenas na década de 60, com Moreira da Silva.
Mas foi a famosa polêmica com Noel Rosa, que o marcou sua trajetória musical, onde foi considerado o vilão.
Foi seu samba Lenço no pescoço, gravado em 1933 por Sílvio Caldas, que deu início a uma maratona inteligente de sambas. Noel Rosa respondeu no mesmo ano com Rapaz folgado, contestando a identificação com o malandro. Sua réplica veio com Mocinho da Vila.
Fora do contexto da polêmica, Noel Rosa e Vadico compõem o Feitiço da Vila. Aí, no Programa Casé Noel improvisa (sem gravar) duas novas estrofes para o Feitiço da Vila e, em cima dos novos versos, Wilson compõe Conversa fiada, ao qual Noel contrapôs, em 1935, o samba Palpite Infeliz.
O embate, então, termina com dois sambas seus, Frankenstein da Vila e Terra de Cego.
Uma curiosidade:
Terra de Cego deu origem a uma parceria entre...Wilson e Noel !
A música Deixa de ser Convencida, com letra de Noel sobre a melodia composta por Wilson Batista, pôs fim à polêmica e tornaram-se amigos.
As músicas dessa polêmica foram reunidas, em 1956, num LP - Polêmica - de dez polegadas da Odeon, cantadas por Roberto Paiva e Francisco Egídio.
Ouça, abaixo, o álbum completo.
Com parceiros como Ataulfo Alves, Nássara, Haroldo Lobo, Marino Pinto e tantos outros, Wilson Batista encheu nosso cancioneiro de grandes sambas e marchas, uma obra volumosa com cerca de 600 canções.
Considerado por Paulinho da Viola, como “o maior sambista brasileiro de todos os tempos” , fica nossa homenagem ao " maestro caixa de fósforos" , Wilson Batista.
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