domingo, 18 de janeiro de 2015

Mais uma crônica carioca...



Continuamos a publicar histórias cariocas de leitores do blog.

Aristóteles Alves Correa, amigo do blog, nos seus 86 anos tem sempre muitas - e ótimas! -  histórias curiosas para contar.
Essa é uma delas. Vale saborear!

" Foi assim
     Aristóteles Alves Correa
A antiga sede do Flamengo (o clube) se localizava na Praia do Flamengo, 66  e ao lado, no número 64, o Edifício Eden.  
Nos terrenos do fundo, existiam  umas 4 ou 5 casas de vila. Eu tinha 9 ou 10 anos de idade e morava em uma dessas casas.  Não sei como, travei amizade com o "seu"  Maciel, porteiro-chefe do Flamengo.  
Em consequência disso, enquanto morei ao lado, frequentei o clube sem nunca ser sócio.
Assistia,  em todas as quinta-feiras à noite, aos filmes da UFA ( produtora alemã).  Um deles me marcou, de nome "La Habanera",  me parece que tratava de uma epidemia na cidade.  Eu não perdia as lutas-livre,  torneios de esgrima etc.  Lembro-me da nadadora Piedade Coutinho e do jogador uruguaio Gonzalez.  Uma vez eu passava pela frente do Flamengo e perto de mim estava o goleiro Yustrich. Um garoto, mais ou menos da minha idade, chamou ele de frangueiro. E não é que o Yustrich saiu correndo atrás dele, tentando pegá-lo ?  
Voltando ao assunto.  Existia no clube um grupo denominado "Guarda-Rubro-negra" . Eles entoavam um hino próprio cujo pequeno trecho ainda me lembro: 
" Somos da Guarda Rubro-negra,
 cheios de esperança mil
 pertencemos ao Flamengo o clube mais querido do Brasil.
Uma vez Flamengo sempre, Flamengo até morrer."

 
Outra canção que não me lembro a que grupo pertencia:

"Piranha, Flamengo;
Flamengo sou de coração.
Quem fala mal do clube campeão
ou é de inveja, ou é de mágoa;
Flamengo sou de coração."
 
Interessante,  que mesmo decorridos mais de 70 anos, ainda me lembro dessas passagens.  
Foi assim que começou o meu amor pelo Mengão
Boas recordações."

 

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