Continuamos a publicar histórias cariocas de leitores do blog.
Aristóteles Alves Correa, amigo do blog, nos seus 86 anos tem sempre muitas - e ótimas! - histórias curiosas para contar.
Essa é uma delas. Vale saborear!
" Foi assim
Aristóteles Alves Correa
A antiga sede do Flamengo (o clube) se localizava na Praia do Flamengo, 66 e ao lado, no número 64, o Edifício Eden.
Nos terrenos do fundo, existiam umas 4 ou 5 casas de vila. Eu tinha 9 ou 10 anos de idade e morava em uma dessas casas. Não sei como, travei amizade com o "seu" Maciel, porteiro-chefe do Flamengo.
Em consequência disso, enquanto morei ao lado, frequentei o clube sem nunca ser sócio.
Assistia, em todas as quinta-feiras à noite, aos filmes da UFA ( produtora alemã). Um deles me marcou, de nome "La Habanera", me parece que tratava de uma epidemia na cidade. Eu não perdia as lutas-livre, torneios de esgrima etc. Lembro-me da nadadora Piedade Coutinho e do jogador uruguaio Gonzalez. Uma vez eu passava pela frente do Flamengo e perto de mim estava o goleiro Yustrich. Um garoto, mais ou menos da minha idade, chamou ele de frangueiro. E não é que o Yustrich saiu correndo atrás dele, tentando pegá-lo ?
Voltando ao assunto. Existia no clube um grupo denominado "Guarda-Rubro-negra" . Eles entoavam um hino próprio cujo pequeno trecho ainda me lembro:
" Somos da Guarda Rubro-negra,
cheios de esperança mil
pertencemos ao Flamengo o clube mais querido do Brasil.
Uma vez Flamengo sempre, Flamengo até morrer."
Outra canção que não me lembro a que grupo pertencia:
"Piranha, Flamengo;
Flamengo sou de coração.
Quem fala mal do clube campeão
ou é de inveja, ou é de mágoa;
Flamengo sou de coração."
Interessante, que mesmo decorridos mais de 70 anos, ainda me lembro dessas passagens.
Foi assim que começou o meu amor pelo Mengão!
Boas recordações."
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente! Seja bem-vindo!