Nada mais lamentável que o projeto votado, por unanimidade ontem, na Assembleía Legislativa do Rio de Janeiro, que considera o FUNK, patrimônio cultural.
O equívoco é tão gritante ao instituir tal ato, a começar pelo nome do tal ritmo, que nem conseguiu se abrasileirar. É escrito e pronunciado como na sua lingua de origem.
Equiparar FUNK a SAMBA? O que é isso?
A origem e a trajetória do samba foram construídos junto com a história de um povo, de uma nação, com acontecimentos, lutas, raízes e tradições.
E o que é o Funk senão um ritmo estrangeiro, pra começar, que reúne uma aglomerado de pessoas em torno de notas sem melodia, que se repetem, e focado em letras de péssima qualidade, baixíssimo vocabulário e rimas chulas.
Além da agressão aos ouvidos com a falta de nível musical - não sei se esta será a palavra adequada já que aquilo não é canção - é uma agressão pela maneira como expõe, apela e incita a juventude, já que é a ela principalmente que se dirige, à violência, à exposição e exploração sexual, enaltecendo valores duvidosos de conduta e postura.
O que aconteceu ontem na Assembléia Legislativa, mais uma vez, foi a velha história do PÃO versus CIRCO. Ao contrário de votarem projetos para melhores condições de vida da população carente, das favelas e comunidades pobres, para assim seus habitantes se instruirem mais, lerem mais, absorverem mais conhecimentos e cultura, negaram esse PÃO e armaram o picadeiro para o CIRCO.
E o pior, foram aplaudidos por essa gente, que deles é massa de manobra, sempre, na sua intenção de deixar como está.
Foram aplaudidos por essa gente e sua ignorância mantida e preservada por legisladores populistas que não se interessam em alavancar a educação e a cultura dos menos favorecidos.
Foram aplaudidos por essa gente que achou grande coisa o que aconteceu e não entende que continua sendo manipulada e impedida de evoluir, e conhecer ,e saber coisas maiores e melhores para a sua vida.
Triste ver ontem aquela multidão nas escadarias da Assembléia Legislativa reivindicando através de falsos e interesseiros líderes, algo tão chulo.
Triste ver ontem legisladores se alinharem com tantas coisas ruins que estão por trás do pseudo ritmo.
Triste e Lamentável.
O RIO DE JANEIRO NÃO É ISSO.
O RIO DE JANEIRO NÃO MERECIA ISSO.
Sinceramente... eu não aguentei ler até o final a reportagem de tanta raiva. Realmente os valores estão mudando radicalmente e para pior...
ResponderExcluirConcordo plenamente com voce.
ResponderExcluircomo diz o nosso Bóris casoy:
ISTO É UMA VERGONHA......
Tenho verdadeiro horror a essa COISAAAAAAAAAAAAAAAAAA.
bJS
DINÉA
O funk não pode ser comparado ao samba e, de fato, está longe de ser um Patrimônio Histórico. Mas não concordo com a enorme discriminação ao gênero musical.
ResponderExcluirHá um lado do funk bastante relevante. Nos anos 1990 as letras do funk carioca falavam da realidade dos moradores de favelas do Rio de Janeiro. Elas, inclusive, apresentavam um discurso contra as brigas nos bailes funk, o chamado "corredor", formados por pessoas que se denominavam fazer parte do lado A e do lado B, e que assim se organizavam e brigavam.
As letras falavam ainda das revistas policiais que os jovens moradores de favelas passavam em público, além de temas relacionados ao amor.
Nos anos 2000 é que descambou pro vulgar, e com o descaso do poder público, só pra variar, o tráfico se adonou do gênero musical e deu no que deu. Há que se separar o joio do trigo.
"Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci, e poder me orgulhar e ter a consciência que o povo tem seu lugar"
A parte boa do funk quer isso.
Só pra registrar: não sou funkeira.