POST DE 24/1/2009
ATUALIZADO EM 27/5/2017
Recebi um arquivo que tinha algumas fotos históricas dos postos de salvamento das praias, em diversas fases.
Vão aqui reproduzidas as fotos e acrescento, outras etapas, que contam mais dessa história.
Os primeiros postos de salvamento surgiram em 1917
Eram mastros que sustentavam pequenas plataformas onde permanecia um guarda-vida vigiando as pessoas que se banhavam. Nota-se, na foto, que a Avenida Atlântica era ainda a rua de serviço mandada abrir por Pereira Passos.
A segunda foto, acima, cerca de 1938, já mostra um posto de salvamento de concreto, embora dentro do mesmo espírito do anterior: um mastro. Vê-se uma Avenida Atlântica, vinte anos depois, já bastante ocupada por casarões.
A terceira foto, acima, mostra o terceiro modelo de posto de salvamento e que perdurou desde os anos 40 até a modernização da Avenida Atlântica, nos anos 1970, quando surge, então um novo modelo e que serve de padrão para toda a orla, desde então. Esse modelo dispunha de um bar, no térreo, e de um 'escritório' (com telefone) que se alcançava por uma escada lateral, banheiros e um chuveiro público sob o deque. Tinha, também, um relógio que podia ser visto da praia.
O número do posto, em vermelho, ficava grande e visível sobre a construção toda cinza e holofotes redondos e grandes, igualmente vermelhos, complementavam a lateral. A cor vermelha se relacionava com o Corpo de Bombeiros, que administravam os postos.
O projeto foi do arquiteto Sérgio Bernardes, mostrado nas fotos, abaixo.
Àquele tempo a orla era regulada pelas posturas municipais, que proibiam publicidade,ou qualquer imagens, desenhos, daí apenas a existência do número nos postos.
Estas posturas foram alteradas e os postos puderam ser mais coloridos e se transformar em outdoors da cidade.
Com o vandalismo os postos ganharam grades que o cercavam e passou a cobrar pelo uso dos sanitários e durante um tempo permitiu publicidade na faixa superior. Foram desenhos esportivos, que inseriram marcas de produtos, que se renovavam periodicamente.
Em 1992/93, o posto deu destaque à marca da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros e a faixa superior da construção, definitivamente passou a ser usada como grande outdoor.
A partir de 2001, nova modificação no visual dos postos, mas desta feita cumprindo a lei das posturas municipais, que proibe publicidade na orla. Então a faixa passou a exibir fotos turísticas da cidade, com a nova padronização visual da Prefeitura - marca e cores.
Um novo padrão visual da orla carioca, o penúltimo, dos postos de salvamento ficou pronto entre 2007/2008. Renovou as fotos da faixa superior de todos os postos, até o Pontal, no Recreio, dentro da mesma padronização visual e gradeamento em onda.
Participei desse atual visual com o design da marca RIO CIDADE MARAVILHOSA, que é criação minha, e que era sobreposta em todos os postos, centralizada sobre a imagem. E o número do posto acompanhava o degradé das cores da marca.
Com o objetivo de melhor atender a população nas praias do Estado do Rio e oferecer condições de trabalho adequadas para os guarda-vidas, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) , a partir de 2016 deu início ao processo para construção novos postos de salvamento na orla carioca, além dos existentes, que seguem padrões diferenciados para facilitar a visão do que ocorre nas águas, em madeira e materiais ecológicos, pintados de vermelho e amarelo. Já foram inaugurados postos, como estes, na Barra, Grumari e em Copacabana.
Mudei para a rua Carlos Góis em 1960. Naquela época, o posto 10 ds praia era ali em frente. A pastor de quando houve mudança na numeração?
ResponderExcluirOLá,
ResponderExcluirA numeração foi alterada quando da implantação dos novos postos, projeto do Sérgio Bernardes, na metade da década de 70. Acabou o posto 6 - em Copacabana só existem 5 postos, no posto 6 existe o GMAR - e a partir do Arpoador o posto 7, ficando na altura da Carlos Góis, o posto 11.
Por essa época também acabou o Salvamar - que era da Secretaria de Segurança - e passou a existir o Grupo de Salvamento Marítimo do Corpo de Bombeiros. Você deve ter notado que o uniforme dos guarda-vidas era uma camiseta branca com uma cruz vermelha e sunga azul marinho e, passou a ser uma sunga preta com uma camiseta vermelha.
Abs,
Elizabeth
A fim de atualizar o assunto, foram acrescentados os últimos parágrafos e fotos.
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