sexta-feira, 28 de novembro de 2008

145 anos da 1ª edição


Essas memórias foram escritas, despretenciosamente por Manuel Antônio de Almeida, para saírem em folhetins no famoso CORREIO MERCANTIL. Mal sabia ele a obra-prima que produzira, principalmente quando o romance transformado em brochura - publicado sob o pseudônimo de “ Um Brasileiro” - transformou-se em retumbante encalhe.
Na realidade, não alcançou nenhum êxito por se tratar de algo novo. As pessoas estavam habituadas a ler textos para chorar e não reconheceram a novidade de um romance realista, com uma história que somava lirismo e comicidade e o irreverente registro dos costumes.

Manuel Antônio de Almeida era um carioca da Gamboa, nascido na rua do Propósito - à época, Praia da Gamboa - que se formou em Medicina, tornou-se médico sem clientes e preferiu o caminho do jornalismo e do serviço público.
Foi na função de administrado da Tipografia Nacional, que lhe coube dar a mão a um rapazinho mulato, de nome Joaquim, míope e gago, aprendiz de tipógrafo, que lia muito durante o trabalho.
Anos mais tarde quando faleceu prematuramente em um naufrágio perto de Macaé, no rol de amigos que mandaram celebrar missa pela sua alma, figurava o nome completo daquele Joaquim: Joaquim Maria Machado de Assis.
A primeira edição de MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS, como livro e com o nome do autor na capa saiu há 145 anos, em 1863, pela Typographia do Diário do Rio de Janeiro - situada à Rua do Rosário, 84 - após a morte de Manuel Antônio de Almeida, num dia 28 de novembro, em1861.

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